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A comunidade do Bairro Santa Helena não suporta mais o descaso do pessoal do Posto de Saúde

12/09/2024 10:23

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A reportagem do jornal Do Momento foi convidada a participar de uma reunião que aconteceu na noite de terça-feira (10), na sede da Associação de Moradores do Bairro Santa Helena, envolvendo os moradores do bairro e a Secretária Municipal de Saúde de Lages, Odila Waldrich.
Na pauta da reunião algumas demandas reivindicadas pela comunidade local a secretária. Demandas essas como: que os médicos estão trocando as receitas sem fazer uma consulta, na maioria das vezes, quando o paciente entra no consultório a receita já está pronta; Otimização na questão da renovação de autorização para fisioterapias e a melhoria na questão de distribuição de fichas para atendimento médico no Posto de Saúde, pois segundo os moradores, estão ficando horas na fila, no sol, frio e chuva, para pegarem uma ficha e na maioria das vezes saem de lá sem conseguir marcar o médico, tendo que retornar no dia seguinte, para enfrentar a fila, em busca de uma ficha para o atendimento médico.
Outra reclamação se dá referente aos agentes de saúde, que segundo os moradores do bairro Santa Helena, desde a Pandemia, deixaram de passar nas casas de pessoas acamadas que são pacientes prioritários. A falta de educação dos funcionários do posto é uma unanimidade entre os participantes da reunião, pois além de mal atendidos, os funcionários não usam identificação e falam que são efetivos e não podem mexer com eles, dificultando a denúncia.
A secretária ressaltou sobre a questão das fisioterapias, que está sendo formado uma equipe de fisioterapeutas que fará exclusivamente a avaliação e troca das autorizações, o que dará maior agilidade nas trocas, fazendo com que o paciente não fique sem o tratamento.
Na questão da marcação de fichas, a secretária vai se reunir com o pessoal do posto, pois segundo ela, são 08 médicos que atendem no local e a distribuição de fichas teria que estar funcionando, não deixando ninguém sem ser atendido pelo médico. O que ocorreu foi que pela falta de alguns médicos em outros postos, os do Posto de Saúde do Santa Helena tiveram que ser remanejados. Mas agora está resolvido e os médicos já retornaram a atender normalmente.
Sobre as outras demandas, a secretária ficou de se reunir com os colaboradores do Posto de Saúde do Bairro e estudar uma forma de melhorar e tentar amenizar as dificuldades apresentadas na reunião e no prazo de trinta dias, uma nova reunião deverá acontecer para ouvir o retorno da comunidade.
A secretária ainda alerta para a questão do programa Saúde na Mão que deve parar de funcionar nos próximos dias. Sobre as reclamações as mesmas devem serem feitas através da ouvidoria pelo número (49) 3251-7644.

As dificuldades das filas para autismo e neuro na Serra Catarinense
A Serra catarinense enfrenta um grande desafio no atendimento a crianças e jovens com transtornos do espectro autista (TEA) e outras condições neurológicas. As longas filas para diagnóstico e acompanhamento especializado têm gerado apreensão nas famílias que buscam tratamento adequado para seus filhos. Na região, a demanda supera em muito a capacidade de atendimento, e isso tem causado uma verdadeira crise.
Um exemplo é a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Lages, que atualmente tem 329 pacientes na fila de espera para atendimento voltado ao autismo. Situação semelhante é vista no Proautismo, que atende exclusivamente pessoas com TEA, e onde 699 pacientes aguardam por vaga. O Centro Especializado em Reabilitação (CER) também enfrenta dificuldades, com 353 crianças esperando por atendimento.
Outro ponto crítico é a falta de profissionais especializados na região. Atualmente, há apenas um neuropediatra atendendo no Hospital Infantil Seara do Bem (HISB) em Lages, o que sobrecarrega ainda mais o sistema. As consultas são escassas, e as famílias relatam espera de meses ou até anos para conseguir um diagnóstico e iniciar o tratamento necessário.



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