logo RCN
Facebook
YouTube
Instagram
WhatsApp

Devoção de Eloilse Oliveira por Nossa Senhora dos Prazeres

12/08/2024 14:58

A devoção de Eloilse Oliveira por Nossa Senhora dos Prazeres é um testemunho de fé e amor profundo. Desde muito jovem, Eloilse encontrou conforto e esperança na figura da Virgem Maria, especialmente na venerada Nossa Senhora dos Prazeres. Ao longo dos anos, sua fé se fortaleceu, e a devoção tornou-se uma parte essencial de sua vida cotidiana.

Eloilse frequentemente visita a Catedral Diocesana, participando de missas e novenas em honra à santa. Ela acredita que, através da intercessão da Virgem, muitas graças e bênçãos foram derramadas sobre sua vida e a de sua família.

Além de suas orações diárias, Eloilse também se envolve em ações da Igreja inspiradas pela mensagem de amor e compaixão que associa à Nossa Senhora dos Prazeres. Ela vê a devoção não apenas como um ato de fé pessoal, mas como uma responsabilidade de espalhar bondade e ajudar os outros em suas necessidades.

Para Eloilse, Nossa Senhora dos Prazeres é uma fonte constante de força espiritual e proteção, guiando-a em momentos de dificuldade e alegrando seus dias com o amor materno que acredita receber através da santa.

Elô além de devota também desenvolve o Projeto AlÔ ElÔ de combate ao câncer de mama.


Dia da padroeira, Nossa Senhora dos Prazeres

D. Luiz Antonio de Souza Botelho e Mourão, Morgado de Mateus, governador da capitania de São Paulo, entre outras recomendações determinou ao Capitão-mor Antônio Correia Pinto, em 20 de agosto de 1766: que, fundando a póvoa de Lages lhe desse o nome de “Vila Nova de Nossa Senhora dos Prazeres” e que a padroeira da igreja matriz fosse “Nossa Senhora dos Prazeres”. Era a grande devoção do Morgado de Mateus, que tinha uma convicção administrativa: “Sem Missa não de pode governar os povos”. E assim foi e assim é: Nossa Senhora dos Prazeres é a padroeira da catedral e da diocese de Lages.

O título de Nossa Senhora dos Prazeres veio de Portugal e há no Brasil 12 igrejas dedicadas a essa invocação, sendo a mais importante, do ponto de vista da história, a igreja de Nossa Senhora dos Prazeres de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.

A igreja foi erguida em ação de graças pelas duas vitórias decisivas alcançadas pelos brasileiros nas batalhas travadas contra os holandeses, nos montes Guararapes, nos dias 18 de abril de 1648 e 19 de abril de 1649, quando expulsaram definitivamente os invasores. As batalhas eram precedidas de novenas e orações a Nossa Senhora naqueles dias decisivos para garantir a unidade nacional. Ali, sob a proteção de Nossa Senhora, nascia o Brasil.

Espiritualidade Mariana

A invocação de Nossa Senhora dos Prazeres tem origem na espiritualidade franciscana e quer meditar as Alegrias de Nossa Senhora. Nossa Senhora das Alegrias e Nossa Senhora dos Prazeres têm a mesma origem franciscana, e remontam ao século XIV. Portugal foi a nação que por primeiro festejou os Prazeres, as Alegrias de Maria. Recorda a piedade popular que, por volta de 1590, uma imagem da Virgem apareceu sobre uma fonte em Alcântara e pessoas que iam à fonte beber água conseguiram curas milagrosas. Uma menina que tinha ido beber água escutou a voz de Nossa Senhora que lhe pediu que ali fosse erguida uma igreja onde fosse invocada como Nossa Senhora dos Prazeres. O pedido foi executado e o local tornou-se ponto de muitas romarias.

Por que a origem franciscana? São Francisco, na sua busca pelo Jesus pobre, desprovido de poder, acentuou dois mistérios fundamentais de nossa fé: a Encarnação (o Presépio) e a Paixão (a Via-sacra) e fez brotar uma corrente espiritual poderosa de retorno ao Jesus de Nazaré, bastante esquecido pela Igreja poderosa do século XIII.

Com o tempo, na piedade popular, os dois mistérios deram origem às celebrações das Sete Alegrias e das Sete Dores de Maria. Piedade mariana, sim, mas enraizada profundamente no Evangelho.

Partindo da Encarnação, temos a celebração dos Prazeres de Nossa Senhora, as Sete Alegrias de Maria: Anunciação do Anjo; Maria visita sua prima Isabel; Nascimento de Jesus em Belém; Adoração dos Magos; Maria e José encontram Jesus no templo; Maria vê Jesus ressuscitado; Assunção e coroação de Maria no céu. Na piedade franciscana, as alegrias são rezadas na Coroa das Sete Alegrias. Partindo de Belém e Jerusalém, contemplamos as Dores de Nossa Senhora: Profecia de Simeão; Fuga para o Egito; a perda de Jesus no templo; encontro com Jesus carregando a Cruz; morte de Jesus no Calvário; Maria recebe o Corpo de Jesus; Maria deposita Jesus no sepulcro. Na piedade franciscana, temos a Devoção ou o Terço das Sete Dores de Maria.

Em 1767 foi erguido o primeiro oratório e chegaram os primeiros padres na Fazenda de Correia Pinto às margens do rio Caveiras: os franciscanos Frei Tomé de Jesus e Frei Manoel da Natividade Teixeira, dando início oficial à vida religiosa e sacramental católica que, até os dias de hoje, anima e alimenta a fé do povo serrano. Fruto dessa piedade é a bela Igreja matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, abençoada em 1º de janeiro de 1922 e nomeada Catedral diocesana em 17 de janeiro de 1927. Nossa Senhora das Dores é celebrada em 15 de setembro, e Nossa Senhora dos Prazeres no 2º Domingo depois da Páscoa, mas, em Lages, no dia 15 de agosto.

Colaboração: Pe. José Artulino Besen (Historiador eclesiástico, membro do clero da Arquidiocese de Florinópolis)

mais sobre:

Deixe uma resposta