INVESTIGAÇÃO
Quatro prefeitos catarinenses presos na segunda fase da Operação Fundraising
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Na manhã desta quarta-feira, (19/06), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), em apoio à investigação conduzida pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), deflagraram a segunda fase da operação "Fundraising".
Segundo apuração da jornalista Maga Stapassoli e matéria do Jornal Razão são sete prefeitos catarinenses que foram alvo da operação, sendo que entre os alvos estão Fernando de Faveri Marcelino (MDB), Clori Peroza (PT), Marcelo Baldissera (PL) e Mário Afonso Woitexem (PSDB), todos presos durante a operação.
Além deles, Emerson Ari Reichert (PT), ex-prefeito de Ipira e empresário, Edson Bez de Oliveira (MDB), ex-deputado federal e empresário, e Mauro Francisco Risso (MDB), prefeito de Jardinópolis, foram alvo de mandados de busca e apreensão.
No total, 22 prefeituras estão sendo investigadas com mandados de busca e apreensão como parte das investigações.
O que se investiga
A operação busca desarticular possível organização criminosa, capitaneada por grupo empresarial, suspeita de praticar ilícitos contra a Administração Pública, especialmente o desvio de recursos públicos e fraudes em licitações, e que, em suas ações, estaria buscando recrutar agentes públicos e particulares com o fim de obter ganhos ilícitos em prejuízo ao patrimônio público.
De acordo com a investigação, o grupo criminoso atuaria com a finalidade de direcionar processos licitatórios em diversos municípios do Estado. Sob o pretexto de prestar serviços de consultoria e de assessoramento para captação de recursos públicos, buscava firmar contratos públicos sem que houvesse necessariamente a comprovação de qualquer atividade, mas que serviria de subterfúgio para que servidores públicos, assim como agentes políticos e particulares, auferissem ganhos ilícitos por meio do recebimento de vantagens indevidas.
O cumprimento dos 11 mandados de prisão preventiva, dos cinco de suspensão do exercício das funções públicas e dos 63 de busca e apreensão, expedidos pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), concentra-se em 23 municípios catarinenses, em um município do Rio Grande do Sul e em Brasília/DF.
A operação conta ainda com o apoio técnico das Polícias Penal e Científica de Santa Catarina, da Polícia Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, além da Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (DECOR/PCDF), e do GAECO e Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação - CI do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A investigação prossegue em segredo de justiça.