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Candidatos ao governo catarinense recebem carta compromisso da Indústria
' Mafalda Express' : ' '
Na manhã desta quinta-feira (22/09), ocorreu o evento Diálogo com Candidatos ao Governo de SC, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). O evento apresentou como objetivo a assinatura do documento que firma compromisso dos candidatos com a valorização da indústria, do não aumento da carga tributária e a melhoria da infraestrutura de transportes.
A entrega do documento aconteceu na sede da entidade, localizada na Rodovia Admar Gonzaga, 2765, em Florianópolis. Os candidatos ao governo de Santa Catarina que estiveram presentes foram Odair Tramontin (Novo); Décio Lima (PT); Espiridião Amin (PP); Jorge Boeira (PDT); Carlos Moisés (Republicanos); Gean Loureiro (União Brasil); Jorginho Melo (PL). Cada candidato teve quinze minutos (dez iniciais e cinco completares) para expor as suas propostas.
O presidente da Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori/SC), José Roberto Deschamps, se fez presente no evento.
Na abertura da cerimônia, o presidente da FIESC , Mario Cezar de Aguiar, destacou que o próximo governador mantenha conversa com o setor industrial. “É fundamental que o governo a ser escolhido pelos catarinenses mantenha um diálogo permanente com o setor produtivo, objetivando encontrar equilíbrio para o desenvolvimento sustentável”.
Candidatos
Odair Tramontin, do partido Novo, foi o primeiro a discursar na manhã de hoje. Ele defendeu o liberalismo econômico e a necessidade de uma visão mais a longo prazo. “A interferência do Estado, a burocracia insana e o regramento excessivo são componentes do atraso”. Além disso, destacou dois eixos do seu programa de governo: infraestrutura e qualificação da mão de obra. “Em primeiro lugar, a infraestrutura, pois ela não é mais gargalo, mas está em colapso, e temos outro compromisso muito firme que é a qualificação da mão de obra”, completou Odair.
Em seguida, o ex-deputado federal Décio Lima (PT), destacou a importância da indústria para Santa Catarina, afirmando que sem a indústria não há governo que possa trilhar caminhos de sucesso. “Absolutamente ninguém pode governar Santa Catarina sem vocês [industriais]”. Ainda lembrou a angústia do setor produtivo em relação à falta de infraestrutura e a qualificação da mão de obra; mesmo com os percalços, o Estado possui o sexto Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “Não são vocês que têm que bater na porta do governador, mas sim o governador vai estar aqui debatendo os problemas”, destacou Décio.
O senador da República por Santa Catarina, Espiridião Amin (PP), colocou áreas prioritárias como a educação, a infraestrutura de transporte, investimentos em saúde e afirmou que quem gera emprego não é o governo. “Se o governo afrouxar um pouco das rédeas ou os freios, o empreendedorismo do catarinense dará respostas extraordinárias”.
Jorge Boeira, candidato do PDT, ressaltou que Santa Catarina tem uma produção com valor agregado e diversificação industrial, distribuição por todo o seu território e a sociedade tem que participar da execução orçamentária. “No ano que vem, teremos um orçamento de R$ 45 bilhões, que é o resultado dos impostos que pagamos”.
O candidato à reeleição, Carlos Moisés (Republicanos), fez uma balanço das ações do seu governo e salientou que o Estado tem a menor taxa de desocupação do país (3,9%), o que mostra a sua força empreendedora. “A carta diz que a indústria teve que se reinventar nesse período de pandemia que passamos”. Ele também relatou as medidas de desburocratização, como a implantação do governo sem papel e os processos de autodeclaração do Instituto do Meio Ambiente (IMA).
O ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil), disse que o estado precisa de uma nova agenda para a área industrial. “Quem vai apontar o caminho não é o governador, mas sim vocês {indústria]”.
Por fim, Jorginho Mello (PL), foi o último candidato a discursar na FIESC. Ele destacou a pujança da economia catarinense e ressaltou a contribuição da indústria para este cenário positivo. “Quero valorizar a indústria, ela é a locomotiva das outras atividades”.