VIROU HISTÓRIA
Mario House, maior "fidalgo" da prostituição catarinense
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Osmar Justino da Silva, o Mário House, gaúcho de Porto Alegre, homosexual, morreu no Hospital Santa Inês em Balneário Camboriú em 22 de março deste ano, aos 68 anos, após complicações em suas oito pontes de safena, e outras complicações. Sua vida luxuosa, mas de muito trabalho, era constituída de muitas viagens ao exterior, principalmente a Marrocos, onde costumava trazer a moda para seu castelo, na avenida Santa Catarina, 800 em Balneário.
Quem não ouviu falar de Mário, como os mais antigos e abonados da região e até do Brasil, no tempo da madeira, construção de Brasília. Ele fez a vida fidalga em Lages, de onde saiu em 1985. Com toda a fama, e com o decréscimo financeiro de Lages, buscou, então, novos ares, na Manchester Catarinense, em busca do desenvolvimento de Joinville, onde montou outro prostíbulo luxuoso. Então, surgiu a coqueluche do turismo catarinense, agora do Brasil, graças a Santur.
Mário, cujo nome de bastimo é Osmar Justino da Silva, portoalegrense, veio criança com seus pais, a mãe lavadeira, o pai agricultor.
Em Lages seu primeiro emprego foi de garçom na boate de Tereza Bicuda, e ali foi conhecendo a vida, numa das maiores histórias de prostíbulos do Brasil, onde as poderosas deviam ser registradas, regularizadas e acompanhadas pela saúde pública, afinal, eram os fazendeiros, políticos, empresários e empreiteiros, inclusive do governo federal, todos afortunados, seus maiores clientes, imaginem.
Mário acompanhava inicialmente os shows nacionais que casas, como a da Bicuda, traziam. Foi adaptando seu show, que tomou vulto, malabarismo, shows pirotécnicos, que acabavam sendo contratados para fazer turnês por outras cidades.
Ganhando dinheiro, na época em que a zona era no bairro Triângulo. Além da violência, a cidade cresceu, e a prefeitura acabou por doar terrenos, ou a venda barata de terrenos para que a zona de meretrício se transferisse ao bairro Santa Clara, onde perdurou por muito tempo. Mário House, fez seu nome, montou na época um castelo, e fez a sua casa, e levou os "clientaços" ao seu recanto.
Várias histórias aconteceram ali, antes mesmo dele embarcar para Joinville, posteriormente a Balneário Camboriú. Lá foi glorioso, construiu um castelo invejável, onde constantemente mudava a decoração, na maioria trazida do exterior, de Marrocos onde adorava curtir.
Com tanto sucesso, referência dos hermanos argentinos, a casa era inclusive selecionada para várias decisões da política até nacional, tal a influência que tinha Mário e Balneário tinham., e teria sido assim em Lages nos anos 50/60/70.
Em Balneário que não foi diferente, em terreno na avenida Santa Catarina, foi se encaixando na cidade, mas acabou sendo vendida pela especulação imobiliária, à um rede supermercadista, há cinco anos por 6 milhões de reais.
Mário, continuou sua vida em Balneário, fazendo viagens e cercado de jovens mordomos a quem tratava com a mesma luxuria que vivia. Montou no centro da cidade, fundos da igreja Matriz de Santa Inês, um bar modelado, também de muito requinte para receber seus amigos e contar histórias.
Ali em 2008, já sossegado, mas vaidoso como sempre, Mário House, já desfrutava das mordomias, e acabava por descansar. A sua saúde, por causa de uma vida agitada e noturna, nem poderia ser a mesma, e os constantes problemas iniciaram, principalmente cardíacos.
Por fim em 2013, foi acometido de com aplicações de ponte de safena, agravados em fevereiro, e em março, dia 22, acabou falecendo.
Mário foi tema de várias TCC de faculdade, uma delas de Leo Borba (jornalismo em Floripa), de outra estudante de história da FacVest, e por outra estudante de pedagogia na mesma FacVest.