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No Brasil, as mulheres constituem mais de 51% da população e 52% do eleitorado. No entanto, sua presença nos espaços de poder político ainda é desproporcional. Dados recentes indicam que, na Câmara dos Deputados, apenas 15% das cadeiras são ocupadas por mulheres. Essa disparidade reflete uma série de obstáculos estruturais que dificultam a participação feminina na política.

Além das barreiras institucionais, as mulheres enfrentam desafios adicionais no mercado de trabalho, como taxas de desemprego mais altas e responsabilidades domésticas desproporcionalmente atribuídas a elas. Esses fatores contribuem para a sub-representação feminina em cargos de liderança e decisão.

A Constituição Federal garante igualdade de direitos entre homens e mulheres. No entanto, na prática, essa igualdade ainda não se traduz em oportunidades equitativas. A legislação eleitoral prevê que 30% dos recursos dos fundos partidários sejam destinados a candidaturas femininas. Contudo, a falta de critérios claros para a distribuição desses recursos muitas vezes resulta em desigualdades internas nos partidos, prejudicando candidatas que não são favorecidas pelas lideranças partidárias.

Para promover uma verdadeira equidade de gênero na política, é fundamental implementar políticas públicas que incentivem a participação feminina, garantir a distribuição justa de recursos de campanha e fomentar uma cultura política inclusiva. A presença de mulheres na política não apenas enriquece o debate democrático, mas também assegura que as políticas públicas reflitam as necessidades e perspectivas de toda a população.

Como defensora da inclusão e da representatividade, acredito que é essencial trabalhar para remover as barreiras que impedem as mulheres de ocupar seu espaço na política. Juntas, podemos construir um futuro mais justo, igualitário e representativo para todos. Compartilhe com suas amigas e incentive a participação delas na política de sua cidade.

Artigo por Fernanda Cordova | Assessora Especial da Casa Civil