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No dia 13 de março de 2013, Jorge Mario, cardeal Bergoglio, 76 anos, foi eleito bispo de Roma. Uma grande novidade. Por primeira vez um latino-americano, do “fim do mundo”, passou a ocupar a cadeira de Pedro. Foi o primeiro a chamar-se Francisco, uma opção de vida e missão profundamente identificada com o poverello di assisi (pobrezinho de Assis), Francesco, o ícone da fraternidade universal.

Além disso, Francisco de Roma foi o primeiro em muitos outros quesitos: o primeiro papa argentino, o primeiro a torcer pelo San Lorenzo, o primeiro jesuíta, o primeiro de língua espanhola, o primeiro que não participou do Concilio Vaticano II, o primeiro a morar na casa Santa Marta, o primeiro a conviver com o papa emérito, o primeiro decisivamente ecológico, o primeiro a nomear mulheres e leigos para cargos importantes na Cúria romana...

A primeira viagem internacional de Francisco foi ao Brasil, por ocasião de JMJ no Rio de Janeiro (julho/2013). Depois disso foram outras 46 viagens apostólicas dirigindo-se a todos os cantos do mundo. Visitou 65 países.

Foram doze anos de pontificado e magistério realmente intensos que se completaram no último 13 de março. Naqueles dias, o Papa Francisco estava internado no hospital, em Roma, para tratar de uma pneumonia bilateral. Teve alta no dia 23 de março.

Por ocasião do domingo de Páscoa, 20 de abril, sem esconder sua fragilidade, o santo padre apresentou-se na praça de São Pedro e presidiu a tradicional benção Urbi et Orbi (para a cidade e o mundo). Arrancou aplausos da multidão de fiéis ao percorrer os corredores da praça saudando a todos. Foi a sua despedida. No amanhecer do dia 21 de abril, aos 88 anos, o mundo acordou com a notícia de que “o bispo de Roma, Francisco, voltou à casa do Pai”.

No sábado, 26 de abril, será o seu sepultamento. No Brasil, em sintonia com o cuidado da casa comum, está sendo divulgada a campanha Plantar uma árvore por Francisco – Plante uma árvore quando o corpo de Francisco de Roma for depositado no coração da terra, qual semente de Ressurreição.  

Francisco de Roma é mais um Francisco de Assis. A cada 800 anos ressurge outro. Uma vida vivida em minúsculas e que para sempre será escrita em maiúsculas. Francisco é FRANCISCO.

Descanse em paz Peregrino de Esperança!  

Texto: Pe. Vitor Hugo Mendes

Foto: Ettore Ferrari/EFE/EPA