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“Quando a gente fala em câncer de uma maneira geral, falamos em uma mutação celular, uma alteração das células (de qualquer lugar) que faz uma proliferação maligna, uma proliferação exagerada. Então o câncer de pele é basicamente uma mutação das células da pele e dependendo do subtipo de câncer acontece em células diferentes. Isso faz com que essa célula se divida de uma maneira desordenada e de uma maneira exagerada fazendo com que ele cresça mais do que devia ter em controle podendo ficar restrito ao órgão de líquido como a pele ou pode se disseminar para outros lados.”
“O câncer de pele é o câncer com maior incidência na população brasileira. Nós o dividimos em dois grandes grupos. Que é o câncer de pele não melanoma que são carcinomas de pele e os cânceres de pele melanomas. Os cânceres de pele não melanoma os carcinomas de pele têm uma incidência, uma frequência estimada em mais de 220 mil casos novos de câncer por ano” comentou Dra Rúbia Batisti V. Martins.
Estima-se que sejam diagnosticados em média 8 mil casos novos de melanoma de pele por ano. Mas o melanoma embora seja um pouco menos frequente ele é muito mais ele tem uma mortalidade ou uma letalidade que a gente chama muito maior. Então desses 8 mil novos casos de cânceres e de pele do tipo melanoma por ano estima-se uma mortalidade próxima a 2 mil casos. “
O principal fator de risco para os cânceres de pele não melanoma ou seja pros carcinomas de pele são principalmente pacientes de pele e olhos claros e pacientes que têm uma exposição crônica ao sol. Aqueles pacientes que pegam sol ao longo da vida. Todos os dias. Então, por exemplo, trabalhadores expostos ao sol, trabalhadores rurais que se expõem ao sol todos os dias, profissionais que trabalham ao ar livre, atletas, esportistas que fazem treinos ao ar livre continuamente, cronicamente expostos ao sol.
O câncer de pele é exposto, ele aparece, a gente vê. Nós gostamos tanto de orientar a população e as pessoas sobre o câncer de pele porque ele pode ser diagnosticado nos primeiros sinais. Quando eu falo do câncer de pele não melanoma dos carcinomas de pele o principal sinal é uma ferida nova na pele. Que geralmente ela se apresenta de uma forma mais avermelhada, uma pintinha nova de pele que tende a ser mais avermelhada e que muito comumente ela pode formar uma ferida que não cicatriza, então toda feridinha de pele que não cicatriza ela precisa ser avaliada. É muito comum os pacientes referirem pra gente que é uma ‘espinha que nunca melhora’. O carcinoma de pele é muito comum nas áreas expostas ao sol como braços, pernas, pescoço e rosto.
O diagnóstico geralmente é gente tendo conhecimento disso e percebendo uma pinta nova na pele que surgiu do nada, cresceu e modificou
O diagnóstico final, a confirmação de um diagnóstico, ela sempre deve ser feita pelos dermatologistas que são os médicos que mais lidam e tratam de sinais de pele. Porém, todo mundo, qualquer pessoa pode ter a percepção de que alguma pinta pode ser estranha.
“As principais formas de tratar o câncer de pele no primeiro momento é cirúrgico. A primeira etapa do tratamento do câncer de pele é uma cirurgia, nessa cirurgia a gente já tende a tirar toda a lesão E encaminhar essa lesão para um exame chamado um exame anatomopatológico que é para biópsia e esta biópsia, ela nos determina o tipo do câncer de pele as características desse câncer. Então a gente avalia de uma maneira ainda mais detalhada esse tumor e ele nos dá alguns indícios de tipo, gravidade, forma e uma vez que a gente tendo essas características, esses detalhes do câncer, nós programamos as etapas adicionais de tratamento, que podem ser cirurgias complementares até tratamento sistêmico como a imunoterapia”, comentou.
Se o câncer de pele for visto precocemente e for tratado desde o começo, o paciente pode e ficará curado. Agora, lesões muito evoluídas, lesões muito tardias, muito agressivas, podem voltar, mas a principal mensagem é que o diagnóstico precoce cura.

Prevenção

“Proteção solar e proteção solar desde a infância. Porque a gente está falando em um câncer em câncer de pele e um dos grandes fatores de risco é a exposição crônica, exposição ao longo da vida ou as queimaduras solares, as queimaduras solares na infância. Então, a principal forma de prevenir, é a proteção solar diária, contínua e desde a infância. Que a gente tenha o hábito de prevenir a nossa pele do sol. Para que a gente não fique exposto cronicamente ao sol e para que a gente não sofra queimaduras solar. Visita regular ao médico.

A elevação de temperaturas no clima contribui para aumento de casos?

No verão, o clima quente faz com as pessoas se exponham mais ao sol, não é a elevação de temperatura que vai causar um câncer, mas são os nossos hábitos nessa época do ano. Então faz com que a gente use roupas que deixem a nossa pele mais exposta ao sol, com que a gente faça mais atividade ao ar livre, a gente frequente mais praia, piscina, ficamos com o corpo exposto ao sol, temos maior risco de queimaduras solares.
Santa Catarina e o Rio Grande do Sul são os estados com maior incidência de câncer de pele no nosso país. Porque tem uma população com ascendência predominantemente italiana e alemã, então tem uma população grande de pele clara de olhos claros e a gente tem um litoral muito bonito, um hábito muito ir a praias, piscinas, atividades ao ar livre então a gente tem um combo que é um combo perigoso quando a gente fala na de pele.
Sempre lembrar de frequentar praias, piscinas, realizar atividades ao ar livre nas horas adequadas, antes das 10h da manhã, depois das 15h da tarde e sempre com o uso de proteção solar.

Campanha do Dezembro Laranja: O dezembro laranja é uma campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia, já existe há muitos anos, cujo grande objetivo é informar e alertar a população da importância do câncer de pele.

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