VIROU HISTÓRIA
Monumento às Lavadeiras do Tanque
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por Marciano Corrêa
Lages na Serra Catarinense em suas belíssimas paisagens e para completar esse feito, existe uma infinidade de pontos turísticos que servem de visitação para as pessoas. É aqui em Lages que temos essa oportunidade de desfrutar de diversos monumentos que contam a história de quem aqui viveu e construiu história.
Muitos são destaques aqui da Serra, um deles é Nereu Ramos que foi presidente da república. Então já fomos sucesso nacional várias vezes.
Um local muito conhecido em Lages é o Parque Jonas Ramos, local esse, que reúne várias pessoas, principalmente aos finais de semana. Mas o parque tem outras belezas, muito interessantes que vale a pena ver, como a natureza existente no espaço.
O Tanque é conhecidíssimo e ficou ainda mais por oferecer um monumento que compõe a paisagem chamado às lavadeiras. Segundo a história em 1771 mulheres da época efetuavam suas tarefas de lavas roupa neste local, em nascentes d'água. O espaço servia para abrigar mulheres, desta forma elas ficavam mais protegidas de animais perigosos e de índios que supostamente molestavam mulheres na época.
Foi então que o formato desse lugar em que lavavam as roupas inspirou o nome do Parque Jonas Ramos para um nome inédito, "tanque". A obra é composta por duas imagens em bronze de lavadeiras desenvolvendo suas atividades em um pequeno lago artificial acompanhadas por um guardião com uma lança atrás de uma outra mulher segurando uma criança no colo, tudo isso circundado por pedras talhadas a mão. A composição da obra ficou muito bonita e significativa e compõe um espaço especial para visitação.
O espaço ganhou vida com a natureza exuberante e com as obras que embelezam ainda mais as experiências de quem passa por lá e vão conhecer.
Lenda
Nas segundas-feiras, no tanque, as lavadeiras debruçadas por sobre as tábuas, a torcer as roupas dos senhores coronéis e suas famílias, trabalhavam enquanto batiam aquele papo gostoso do dia-a-dia. Em meio a estes papos, as histórias iam sendo contadas e a lenda do tanque se repetia no palavreado simples das mulheres que ali lavavam suas roupas. A história contada era de que uma mãe solteira, para encobrir o fruto de sua vergonha, jogara a criança naquele tanque onde estavam a labutar. Estranhamente, todavia, a criança não morrera, mas se transformara numa cobra.
Contavam elas que a cabeça da cobra permanecera ali no tanque e a cauda se encontrava no rio Carahá, estendida em todo o seu percurso. Nossa Senhora, a padroeira de Lages, ciente do hediondo crime praticado pela desnaturada mãe, prendia com os pés a cabeça da moderna hidra ao berço úmido da desgraça mítica, procurando assim evitar que a criança, transmutada em monstro, se revelasse ao mundo. No dia em que a Santa abandonasse esse propósito, a cidade seria totalmente tomada pelas águas, escapando somente a enchente, à cacimba da Santa Cruz.
Diversas vezes notou-se verídica a previsão, pois, quando era tirada a imagem da Santa de seu altar, na Catedral, mesmo em procissões, começava a chover torrencialmente, parecendo que o mundo iria se desfazer em água. Porém, bastava retornar a imagem da Santa ao seu altar, que, o sol voltava a brilhar, afastando-se assim a promessa do cumprimento do trágico cataclisma.
O relato das mulheres lavadeiras se espalhou por toda a cidade e o medo se apossou de todos, vindo assim a fazer com que as mulheres nunca comparecessem sozinhas ao tanque, sempre iam acompanhadas ou em grupos. Ninguém se atrevia a passar a noite naquele ermo, porque, ao lado do coaxar dos sapos, ouvia-se plangente e lúgubre, o grito de um ser perdido em angústia e desesperança. (FONTE: Texto lenda : clubebrasileirodetrensfantasmas)
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