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As festas de final de ano se aproximam e, com elas, surge um convite quase silencioso à reflexão. Não é apenas uma mudança no calendário, mas um tempo simbólico, carregado de memórias, datas marcantes, lembranças que aquecem e outras que desafiam. O fim do ano costuma nos atravessar com perguntas inevitáveis: como foi o nosso ano? O que fizemos com o tempo que tivemos? O que deixamos para depois? O que desejamos iniciar, mudar ou continuar no próximo ciclo?
Esse período costuma ser vivido como uma nova oportunidade. Ainda que o dia 31 para o dia 1º seja apenas uma virada de página, para muitos ele representa a chance de ressignificar histórias, rever escolhas e renovar sentidos. É um momento que nos convida a olhar para dentro, a avaliar não só metas cumpridas ou pendentes, mas principalmente a forma como temos vivido o cotidiano.
Estamos realmente presentes em nossas rotinas ou apenas atravessando os dias no modo automático? Temos cuidado de nós com a mesma dedicação com que cuidamos de prazos, responsabilidades e expectativas externas? O final de ano nos chama a refletir sobre o ritmo que adotamos, sobre o quanto temos escutado nossas necessidades emocionais e respeitado nossos limites.
Ressignificar não significa, necessariamente, mudar tudo. Às vezes, é continuar, mas de um jeito diferente. Outras vezes, é permitir-se encerrar ciclos, reorganizar prioridades e escolher com mais consciência como queremos seguir. Que esse tempo de reflexão seja menos sobre cobranças e mais sobre presença, menos sobre promessas grandiosas e mais sobre pequenos cuidados possíveis. Afinal, mais do que um novo ano, o que realmente transforma é a forma como decidimos viver cada dia.

Bruna Tesser Parizotto - Psicóloga – CRP 12/15463
Psicóloga na Personali Saúde Mental, Professora Universitária, Palestrante e mestranda em Psicologia Clínica.
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Email: psicologa.brunatesser@gmail.com