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Muito citado nos livros de autores lageanos, além de comentários que perpetuam no tempo, está a figura de Al Neto, ou seja, Afonso Alberto Ribeiro Neto, um jornalista famoso que ultrapassou as barreiras do Estado. Al Neto consta no livro Continente das Lagens (1982) eternizado no tempo e em suas páginas. Ele era considerado uma figura emblemática pelos hábitos extravagantes e aristocráticos. Esteve a frente de diversos órgãos representativos da cidade entre os anos de 1960 e 1980. A pecuária nunca deixou de ser rentável prova disso foi que Al Neto nunca deixou de se dedicar a este setor.
Durante sua vida além de ter cursado Direito no Rio, Filosofia em Buenos Aires e, ter frequentado uma Escola de Jornalismo nos Estados Unidos (Missouri), o filho do primeiro médico lageano formado (Valmor Ribeiro) foi repórter de notícias, correspondente da United Press e associado à rádio BBC de Londres. Isso prova que fez sucesso em sua carreira e hoje sobrevive através da história e curiosidades contadas pela população de Lages.
Quem conhece o caminho que leva ao Guará sabe de quem estamos falando. Seu programa radiofônico “Nos Bastidores do mundo”, tornou-se um fenômeno no país na década de 1950. Al Neto participou profissionalmente de um amplo movimento coordenado para a construção ideológica da boa imagem dos Estados Unidos no Brasil e na América Latina, o que derivou em programas como “Comentários de Al Neto” e “Nos bastidores do mundo”. Sem nunca mencionar seu vínculo com a United States Information Agency (USIA), Al Neto era incumbido de divulgar variedades, curiosidades e opiniões pró-americanas, e não raro, anticomunistas. Pelo menos é o que sugere um relatório interno da agência, datado de 1957.
Ele tinha um programa diário, com duração de 5 minutos e distribuído em discos a 35 estações ao redor do país. “Os roteiros também eram usados por cerca de 300 estações, lidos pelos locutores locais”, dentre os quais, muitos foram reproduzidos pela Rádio Clube de Lages.
Al Neto impunha respeito não somente pela sua figura vistosa e olhar firme, mas também pela imenso cabedal de cultura de que era detentor. Falando ou escrevendo, sempre foi absolutamente correto: não se observava um lapso de concordância ou vício de linguagem.
Essa são algumas das curiosidades da vida e história de Al Neto. (Pesquisa arquivo/Museu Tiago de Castro).