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A agricultura familiar é responsável por grande parte dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, mas muitos produtores enfrentam dificuldades devido aos baixos preços pagos pelos seus produtos. Esse é o caso do agricultor Bruno Henkemaier, de Bom Retiro, que cultiva moranga.
Segundo Bruno, neste ano o quilo da moranga está sendo vendido a apenas R$ 0,35, enquanto no ano passado o preço chegou a R$ 2,00. Apesar da expectativa de colher 15 toneladas, ele afirma que o valor não cobre os custos de produção. “O preço está muito baixo, e fica difícil arcar com os investimentos feitos na lavoura”, lamenta o agricultor, que trabalha no campo desde a adolescência.
Enquanto o produtor recebe, em média, R$ 0,35 por quilo, o mesmo produto pode ser encontrado nas prateleiras dos mercados por até R$ 2,99. Uma pesquisa realizada em quatro supermercados de Lages mostrou que o preço da moranga varia entre R$ 1,89 e R$ 2,99.
A diferença entre o valor pago ao agricultor e o preço final ao consumidor reforça a preocupação com a valorização da agricultura familiar. A falta de preços justos pode desestimular a produção e comprometer o abastecimento de alimentos, destacando a necessidade de políticas que garantam melhores condições para os trabalhadores do campo.
A situação enfrentada por Bruno não é isolada. A queda nos preços de produtos agrícolas, combinada com altos custos de produção, tem colocado em xeque a sustentabilidade de muitas culturas na região. Agricultores reivindicam apoio governamental para minimizar os impactos financeiros e garantir a continuidade da produção, essencial para a economia local.

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