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O caso de uma denúncia de um suposto abuso sexual envolvendo um padre da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, no bairro Guarujá, em Lages, vem tomando grande proporção midiática na cidade e a solução do julgamento ainda é um mistério.

Entenda o caso
Na semana passada, familiares da vítima informaram sobre a denúncia inicial na Rádio Clube de Lages, que logo em seguida chegou à Redação do Jornal Do Momento, se colocando à disposição para ajudar na divulgação verídica dos fatos.
Segundo o relato da mãe do menino de 13 anos, o sacerdote, que era próximo da família e inclusive havia batizado o garoto e outros parentes, pediu que o adolescente o ajudasse em uma mudança na igreja. Por confiar no padre, a família autorizou. Durante o tempo que esteve fora, o menino manteve contato com a mãe por mensagem, mas retornou para casa por volta das 22h.
No dia seguinte, em conversa com sua irmã, contou sobre os fatos ocorridos na paróquia e o suposto abuso sexual. A irmã imediatamente informou sua mãe que se encaminhou para a Delegacia para registrar o B.O (Boletim de Ocorrência).
Consequentemente, o conselho Tutelar foi acionado, o menino foi acompanhado para realizar os procedimentos do exame de corpo e delito no Instituto Médico Legal e até o momento o laudo não está pronto.
A mãe da vítima ainda relata que o acusado ofereceu um líquido, supostamente um suco ou café, para o menino, que acabou ingerindo, e o mesmo acabou ficando tonto e perdendo a consciência. Na sequência, a mesma informou que seu filho acordou recebendo banho do padre.

Revolta contra a Paróquia do Guarujá
Após toda essa repercussão sobre o caso, o Bispo Dom Guilherme Werlang decidiu escutar a comunidade do Guarujá sobre a acusação de assédio, após a Missa neste final de semana.
Em clima tenso e de revolta, uma das participantes da comunidade do Guarujá questionou o pedido de justiça para o menino de 13 anos e ressaltou diversos pontos sobre a insatisfação do padre em estar na Paroquia Nossa Senhora da Saúde no Bairro Guarujá.
A comunicadora informou que, no início do seu mandato, o padre já deixava claro que estava insatisfeito e não queria estar ali, informando que não gostaria de trabalhar com eles. Outros questionamentos eram o porquê da paróquia manter alguém que não queria estar lá, pois já havia dúvidas sobre a conduta do padre perante os fiéis, falando inclusive sobre sexualidade em ambiente público com a presença de crianças.
Outra crítica exposta pela líder do protesto ao Bispo e com aplausos dos presentes no momento da reunião, foi a criação de um abaixo assinado em 2023 com quase 800 assinaturas pedindo uma providência, e que, segundo ela, os responsáveis informaram que uma reunião seria marcada, o que nunca ocorreu.
Por fim, diante de todos os fatos e denúncias, a comunidade está aguardando a confirmação do crime pelo inquérito policial.
A Diocese, por nota, informou o seu compromisso com a verdade, com justiça e com a proteção dos mais vulneráveis, reiterando que acompanhará com seriedade e transparência o desenvolvimento dos fatos, sempre em colaboração com as autoridades competentes, civis e eclesiásticas.