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Santa Catarina vem se consolidando como um dos principais polos de tecnologia do Brasil, e o Governo do Estado prepara novas ações para enfrentar a falta de profissionais qualificados. Na segunda-feira (8 de dezembro), foi lançado o programa SCTEC, iniciativa que amplia o acesso à capacitação profissional em parceria com entidades do ecossistema de inovação. O objetivo é acelerar a formação técnica para acompanhar o ritmo de expansão do setor, que cresce acima da média nacional.
Dados do Observatório ACATE mostram que o estado abriga 29,4 mil empresas de tecnologia, com salários superiores aos de setores tradicionais e crescimento consistente na geração de empregos. O segmento já representa 7,75% do PIB catarinense e a expectativa é de que alcance 10% até 2030. O avanço da economia digital, porém, pressiona a demanda por mão de obra especializada, que cresce mais rápido do que a capacidade de formação atual.
Atualmente, o setor emprega 100,4 mil trabalhadores, mas projeções da ACATE indicam que quase 100 mil vagas serão abertas até 2027, impulsionadas especialmente pela popularização da inteligência artificial. Desenvolvedores full stack, front end, back end e especialistas em IA estão entre os profissionais mais procurados, seguidos por analistas de suporte, marketing digital, dados, mobile e product managers. Diante desse cenário, autoridades reforçam a urgência em ampliar a qualificação.
O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Edgard Usuy, destaca que o déficit de profissionais já impacta empresas e pode limitar o crescimento econômico se não for enfrentado. O presidente da ACATE, Diego Brites Ramos, e o vice-presidente de Talentos, Moacir Antônio Marafon, lembram que a expansão do setor depende diretamente da formação de novos profissionais. O SCTEC surge como uma estratégia para aproximar trabalhadores das demandas reais do mercado e sustentar o protagonismo catarinense na inovação.
A ciência, a tecnologia e a inovação são essenciais para o desenvolvimento de qualquer sociedade, tornando serviços mais eficientes, criando soluções para problemas reais e melhorando a qualidade de vida das pessoas. Quando conhecimento e prática se conectam, áreas como saúde, educação, mobilidade, segurança e gestão pública avançam de forma acelerada. É esse movimento que gera desenvolvimento econômico, mais oportunidades e impacto social — transformando cidades e regiões.
Nesse contexto, o Orion Parque Tecnológico cumpre um papel central. Através do Centro de Inovação, oferece um ambiente completo para quem deseja inovar, conectando empresas, universidades, startups e poder público para transformar boas ideias em soluções reais. O parque disponibiliza estrutura, programas de capacitação, mentorias, apoio na captação de editais, networking qualificado e acesso a oportunidades que fortalecem negócios. O objetivo é sustentar um ecossistema capaz de testar, validar e escalar iniciativas com impacto regional.
Com a tecnologia avançando em ritmo acelerado, áreas como inteligência artificial, automação, saúde digital, biotecnologia e computação avançada já fazem parte do cotidiano. Para os próximos anos, serão protagonistas aqueles que conseguirem alinhar tecnologia às necessidades reais da sociedade. Ambientes como o Orion ganham ainda mais relevância ao preparar pessoas, fortalecer empresas e permitir que a região acompanhe — e aproveite — esses avanços. O AgroBiotec é um exemplo desse potencial, reforçado pelo reconhecimento da UDESC no Orion Awards deste ano.
Em Lages, o Orion aproxima-se de uma década de atividade como um dos investimentos públicos mais bem-sucedidos do Estado. Inaugurado em 2016, tornou-se referência ao impulsionar a inovação a partir de sua estrutura moderna localizada no bairro São Francisco. O que diferencia o parque é o ambiente interno, voltado à cultura empreendedora e à articulação de iniciativas que fortalecem o ecossistema local. Desde então, tem contribuído para transformar a economia da Serra Catarinense.
O investimento inicial de R$ 9,7 milhões, somando recursos do Estado e do município, já retornou à sociedade em proporções muito superiores. As 49 empresas vinculadas — entre residentes e virtuais — registraram faturamento de R$ 209 milhões em 2023 e recolheram R$ 5,5 milhões em ISS, valor equivalente a um mês inteiro de arrecadação municipal. Para os líderes empresariais, os números confirmam o Orion como motor de desenvolvimento regional.
O impacto também se apoia na força das instituições de ensino e pesquisa da Serra Catarinense. O CAV/Udesc formou mais de 1,3 mil mestres e 350 doutores, enquanto a Estação Experimental da Epagri, com 113 anos, segue como referência internacional. Esse conjunto de competências impulsiona a base científica do agronegócio e sustenta a consolidação da região como polo agrobiotecnológico.
Atualmente, seis empresas de agrobiotecnologia estão incubadas no Orion, acumulando prêmios, investimentos e clientes internacionais. Para a diretoria do parque, esse ecossistema representa a transformação de décadas de pesquisa acadêmica em negócios de alto impacto. “É um potencial de futuro para o desenvolvimento da economia regional”, ressalta Claiton Camargo. O presidente da CDL Lages, Célio Antunes Bueno, reforça: “O trabalho do Orion é fantástico e desenvolve muito a nossa cidade”.

Orion Parque Tecnológico consolida-se como investimento de alto retorno para Serra Catarinense 

O que para muitos poderia parecer utopia, em Lages tornou-se uma realidade concreta e bem-sucedida. Precursor da Rede Catarinense de Centros de Inovação, o Orion Parque Tecnológico aproxima-se de sua primeira década de história acumulando conquistas que impactam diretamente o desenvolvimento econômico e social do município. 
Inaugurado em 24 de junho de 2016, o Orion destaca-se pela arquitetura moderna no alto do bairro São Francisco, em uma região estratégica que concentra importantes polos de produção científica e tecnológica, como Epagri, Cidasc, IFSC, Colégio Militar, além de empresas como NDDigital, ATPlus e, futuramente, a Faculdade Senac. Mais do que a imponente fachada de vidro, o que chama a atenção é a atividade intensa e inovadora que acontece dentro do prédio.
O Orion tem como missão fomentar a cultura da inovação e do empreendedorismo, articulando ações para fortalecer o ecossistema de inovação e viabilizar negócios com alto potencial de crescimento, capazes de transformar a economia da Serra Catarinense. Na prática, esse objetivo vem sendo alcançado de forma consistente.

Retorno superior ao investimento inicial
O Parque Tecnológico foi construído com investimento total de R$ 9,7 milhões, sendo R$ 6,5 milhões oriundos do Governo do Estado e R$ 3,2 milhões da Prefeitura de Lages. Atualmente, o retorno à sociedade supera de forma significativa o valor aplicado com recursos públicos.
Hoje, o Orion abriga 49 empresas vinculadas, das quais 31 são virtuais e 18 residentes. Juntas, essas empresas representam uma parcela relevante do movimento econômico de Lages, município com cerca de 165 mil habitantes e arrecadação anual estimada em aproximadamente R$ 1 bilhão.
Dados de 2023 apontam que as empresas ligadas ao Orion faturaram R$ 209 milhões. Somente em Imposto Sobre Serviços (ISS), o recolhimento foi de R$ 5,5 milhões no mesmo ano, valor equivalente a um mês inteiro de arrecadação do Município com essa fonte.
“O Orion já se pagou há muito tempo e vai se pagar cada vez mais”, destacou o presidente do Instituto Orion, Thiago Mazuhy Andrade, entidade que reúne mais de 20 organizações, entre entidades de classe, universidades e empresas públicas e privadas responsáveis pela gestão do Parque.
O presidente da Acil, Antonio Wiggers, também reforçou os resultados positivos. “Os números refletem o sucesso do nosso Orion Parque”, afirmou. Já o empresário Roberto Amaral, um dos idealizadores do projeto, lembrou que os frutos colhidos hoje são resultado de um trabalho iniciado há cerca de duas décadas, quando lideranças locais buscaram inspiração em polos de referência mundial em tecnologia no Brasil e no exterior, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Califórnia (Estados Unidos) e Catalunha (Espanha).
Com resultados expressivos e impacto direto na economia local, o Orion Parque Tecnológico consolida-se como um dos principais vetores de desenvolvimento e inovação de Lages e da Serra Catarinense.

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