A ameaça nuclear ainda existe
A questão dos armamentos nucleares tornou-se secreta, escondida, tratada clandestinamente entre os magnatas da rendosa indústria bélica e os que invocam o pretexto do "segredo do estado" para não deixar a sociedade tomar conhecimento dos crimes que serão cometidos em seu nome. Mas se todos os cidadãos tem os mesmos deveres - deveriam ter também os mesmos direitos e o controle do armamento bélico deveria passar pela manifestação da vontade popular - o que não ocorre.
Os estratégicos do Ocidente e do Oriente, russos e americanos, além de seus sócios menores, falam hoje com menos naturalidade na hipótese de uma 3ª Guerra Mundial. Esquecem de dizer por exemplo, que uma bomba H, caísse sobre uma cidade (e elas foram feitas exatamente para isso) abriria, ao explodir uma cratera de 200 metros de diâmetro! Numa área de cem quilômetros quadrados, a partir do tempo da explosão, ninguém poderia escapar com vida a onda de pressão de sete mil atmosferas - e um calor atingiria milhões e milhões de graus centigrados. Em caso de explosão nuclear, numa área de 300 quilômetros quadrados, nenhuma casa de madeira ficaria de pé.
Metade dos mortos, o seriam pelo efeito direto do impacto, um terço dos mortos seria torrado, pois as ondas de calor são as mais rápidas - e o resto por radiação. Só depois lentamente é que viriam os efeitos de longa distância causados por chuva radiatiativa. Segundo os cientistas seriam cerca de mil mortos por cada megaton detonado. Atualmente, os misseis russo de alcance médio podem aniquilar toda a população das grandes cidades da Europa em alguns minutos. Os novos mísseis SS-20 (com várias ogivas nucleares cada) são ainda mais mortíferos.
Em caso de um ataque russo contra os Estados Unidos, cerca de 86 milhões de norte-americanos morreriam instantaneamente é o que calcula o Dr. H. Adams, da Universidade de Boston, outros 50 milhões de norte-americanos morreriam asfixiados dentro de seus refúgios atômicos. Na Rússia, a devastação seria igual - com cidades como Moscou, Kiev, Leningrado, Kharkov, e Omsk sendo riscadas do mapa, transformadas em cinzas.
E dos dois lados no Ocidente e no Oriente no Norte ou no Sul os que escapassem aos impactos do fogo ficariam expostos a um outro perigo: as doenças. Nada poderia salvar a população civil. Nem médicos, nem hospitais. Porque simplesmente não haveriam hospitais nem médicos. Estariam todos mortos também...