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MATÉRIA ESPECIAL

Autismo: identificar é o caminho para inclusão e socialização

15/03/2023 17:32

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Para possibilitar uma maior inclusão social de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), precisamos ter mais conhecimento, buscar mais informações sobre. Começamos afirmando que TEA não é uma doença e sim uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico identificado por uma gama de características variáveis. Dentre elas, podemos citar a dificuldade de comunicação e interação social, atraso no desenvolvimento motor, hipersensibilidade sensorial e comportamentos metódicos ou repetitivos.

No entanto, a palavra espectro remete justamente a uma infinita possibilidade de características – ou seja, cada indivíduo apresenta comportamentos singulares em menor ou maior grau de forma conjunta ou isolada das demais características.

Na oportunidade conversamos com o Tenente Coronel da Polícia Militar Pimentel que relata que o Autismo começou a fazer parte do seu cotidiano, através do seu filho, que quando completou dois anos de idade, a família começou a perceber nele a dificuldade de interação social e comunicação com os coleguinhas.

Diante desse cenário foi procurado diagnosticar através da ajuda de especialistas o porquê desse comportamento, então foi diagnosticado que ele é Autista. Após o diagnóstico o Tenente Coronel Pimentel procurou se inteirar cada vez mais sobre o assunto e buscar o melhora para seu filho. Escola, terapia.

Segundo a psicóloga, professora e coordenadora do curso de Psicologia da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), Vivian Fátima Oliveira, quando a família tem um filho autista, toda a família acaba sendo autista também, porque a família acompanha nas terapias, a família, no convívio social, vai ter que explicar para as pessoas o porquê a criança não está conseguindo esperar, o porque a criança não consegue se expressar, e dessa forma, a família deve estar engajada e aceitar a condição, pois o autismo não é considerado doença e sim uma condição cerebral diferenciada.

“O diagnóstico precoce do autismo faz toda a diferença. Por isso a necessidade de procurar um neuropediatra o mais rápido possível para diagnosticar e iniciar as atividade com psicólogos, fonoaudiólogos que são especialistas em TEA”. Destaca a professora e coordenadora do curso de Psicologia da Uniplac Vivian Fátima Oliveira.


Destacando a instituição Polícia Militar, o Tenente Coronel Pimentel destaca, que com apoio do Comandante Geral da Polícia Militar em Santa Catarina, o Coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, o estado tem 12 comandos regionais da Polícia Militar, sendo que esses 12 comandos possuem um encontro anual e, cada encontro desses de Rádio Patrulha, com o foco de instruir os policiais sobre o atendimento de ocorrências que envolvam pessoas altistas.

“Identificar a pessoa com autismo, saber quais os seus principais direitos vai fazer toda a diferença na hora da abordagem, além de estarmos cumprindo com o estatuto do autismo, que é dar segurança a quem seja autista e seus familiares”, ressalta o Tenente Coronel Pimentel.

Para a psicóloga Vivian Oliveira, a sociedade pode contribuir com a acessibilidade e inclusão das pessoas portadoras de autismo através da identificação e acolhimento. Pois a pessoa quando leiga, acaba confundindo a criança portadora de autismo como mal educada, que a criança não têm limites. E a não identificação e falta de acolhimento pode causar transtornos como por exemplo: a criança muito tempo em uma fila e, pelo fato de ela ter dificuldade de se comunicar, pode fazer com que ela se jogue no chão. Então por isso a importância da identificação e acolhimento, fazendo valer o estatuto do autista e dar prioridade ao atendimento a ela.

“A palavra-chave é acolhimento. Pois muitas famílias acabam de certa forma se confinando em seus próprios lares por receio e medo de saírem de serem julgadas. E isso não é correto. Porque todas as pessoas são dignas de socialização e dentro de todos os contextos a pessoa com autismo é digna de inclusão, finaliza a psicóloga Vivian Oliveira.

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