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Nesta Sexta-Feira Santa, somos convidados ao silêncio, à contemplação e ao reencontro com aquilo que realmente importa. Para os cristãos, este é um dos dias mais solenes do calendário litúrgico: o momento em que se recorda a crucificação de Jesus Cristo, símbolo maior de amor, entrega e sacrifício.
Independentemente da fé de cada um, a Sexta-Feira Santa nos oferece uma oportunidade rara e preciosa em tempos tão apressados: a pausa. O silêncio que marca este dia não é vazio, mas cheio de significado. É um silêncio que fala de dor, mas também de esperança; que reconhece o sofrimento humano, mas aponta para a possibilidade de renascimento.
Em muitas cidades, as igrejas permanecem em silêncio, os sinos não tocam, os altares estão despojados. As ruas ganham encenações da Via-Sacra, e as famílias se reúnem em torno de tradições que atravessam gerações — como a abstinência de carne e o preparo de refeições simples, num gesto simbólico de respeito e espiritualidade.
Vivemos em um tempo em que é cada vez mais difícil desacelerar. A Sexta-Feira Santa vem, então, como um lembrete necessário de que o mundo também pode parar, refletir e sentir. Que possamos, hoje, olhar para dentro, pensar sobre nossas ações, nossas escolhas e sobre o que temos oferecido aos outros — seja em compaixão, escuta ou presença.

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